Por Bruna Giovana Modesto
…Não me prendas as mãos
não faças delas instrumento dócil de inspirações que ainda não vivi
Deixa-me arriscar o molde talvez incerto
deixa-me arriscar o barro talvez impróprio
na oficina onde ganham forma e paixão todos os sonhos que antecipam o futuro
E não me obrigues a ler os livros que eu ainda não adivinhei
nem queiras que eu saiba o que ainda não sou capaz de interrogar
Protege-me das incursões obrigatórias que sufocam o prazer da descoberta
e com o silêncio (intimamente sábio) das tuas palavras e dos teus gestos
ajuda-me serenamente a ler e a escrever a minha própria vida
A conversa de hoje é sobre essa data especial, 15 de outubro em que é comemorado o Dia do Professor (a), certamente esta data evoca em muitos de nós lembranças de experiências com uma professora ou professor que marcaram nossas histórias com sua sabedoria e humildade.
Paulo Freire (2011) sempre sinalizou que ensinar é maior do que somente alfabetizar, é preciso ensinar a pensar com criticidade, só assim será possível construir uma sociedade melhor. O processo de aprendizagem, deve despertar no estudante certa curiosidade, suficiente para produzir transformações na medida em que se torna um criador de sua própria realidade e através dela se constitui mutuamente.
A importância do educador é indiscutível, ele é responsável por mediar e acompanhar o aluno na experiência de descoberta e construção do conhecimento. Ensinar exige sensibilidade e paciência, o educador nunca está na frente, nem atras, mas junto, lado a lado do aprendiz.
Nessa data, para além de parabenizar nossos professores(as) devemos agradece-los. Profissionais que apesar dos desafios enfrentados no campo da educação se mantiveram perseverantes, especialmente nos últimos anos, que fomos surpreendidos por uma pandemia que exigiu de todos muitas readaptações na vida.
Durante esse período, os professores não mediram esforços para reinventar-se e acessar seus alunos de diferentes formas com os recursos que dispunham. É por isso que devemos agradecê-los pela coragem de se manter caminhante diante das dificuldades enfrentadas no cotidiano da prática, do cansaço e da desvalorização que não os abstiveram da dedicação diária de tempo para promover a aprendizagem na pandemia.
Que cultivemos profunda admiração por todos aqueles que foram nossos professores e que contribuíram para o que somos hoje e não esqueçamos de esperançar pela construção de um futuro melhor para as futuras gerações.
Referências Bibliográficas
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 43. ed., São Paulo: Paz e Terra, 2011.
ALVES, Rubem. A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir. Campinas, SP: Papirus, 2001.
Atendimento