Por Bruna Giovana Modesto
O presente texto trata-se de uma resenha descritiva sobre o artigo: “Genograma no contexto do SUS e SUAS a partir de um estudo de caso” publicado no ano de 2017 na Revista Nova Perspectiva Sistêmica, de autoria das Psicólogas Monica Barreto e Maria Aparecida Crepaldi.
O artigo inicia-se com a apresentação de uma conceituação sobre o genograma e as diferentes formas de utilização deste recurso conversacional. Este recurso, trata-se de um mapa da família, uma representação gráfica do sistema familiar que possibilita a visualização das estruturas e dinâmicas existentes entre seus membros. Podem ser construídos de diferentes formas, em colaboração com adultos, crianças e adolescentes, em terapia individual ou de casal/família.
O principal objetivo do artigo consiste em apresentar o genograma como uma prática útil para mediar conversas com indivíduos, famílias e casais em diferentes contextos, como na clínica ou por profissionais que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) e Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Para demonstrar o uso desse recurso, as autoras descreveram o processo de construção do genograma de um casal recasado, que foi atendido por elas em uma clínica escola. A construção do genograma foi importante para o prosseguimento do processo terapêutico do casal, contribuindo para que a terapeuta compreendesse as histórias e crenças das famílias de origem do casal e as relações estabelecidas entre elas.
De acordo com as autoras, o fato do genograma configurar-se a partir de uma representação gráfica, ajuda a organizar as informações e os conteúdos que são narrados pela família que passa a conhecer e se apropriar da sua história e narrativas transgeracionais, e com outros profissionais. Nesse sentido, quando pensamos em um contexto de atuação que possibilita trocas com uma equipe multiprofissional, como é o caso dos contextos institucionais de políticas públicas, o genograma se torna uma estratégia privilegiada de coleta de informações sobre a história da família.
No caso estudado, o momento de construção do genograma foi fundamental por tratar-se de uma oportunidade para o casal entrar em contato com questões emocionais que impulsionaram algumas reflexões durante o relato de suas histórias. A representação familiar através do genograma, facilita a organização e o entendimento do profissional para dialogar com a família, se transformando em um importante aliado no processo terapêutico. Considerando que cada família é única e as particularidades das informações acessadas irão se diferenciar de acordo com suas especificidades e configurações, sendo uma importante possibilidade para a família recontar e explorar novos desdobramentos de suas histórias.
Por fim, o genograma é uma ferramenta empregada para fomentar espaços de diálogo e reflexão sobre as famílias, que pode ser utilizada por profissionais de diferentes áreas e contextos de atuação, não sendo um material privativo para psicólogos. É comum sua utilização em contextos clínicos ou institucionais, em terapia individual, familiar ou de casal.
Referência Bibliográfica:
BARRETO, Monica e CREPALDI, Maria Aparecida. Genograma no contexto do SUS e SUAS a partir de um estudo de caso. Nova perspect. sist. [online]. 2017, vol.26, n.58, pp. 74-85. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-78412017000200006#:~:text=A%20origem%20do%20genograma%20est%C3%A1,intergeracional%20e%20diferencia%C3%A7%C3%A3o%20do%20self. ( é importante deixar sempre em azul a referencia on-line, para o leitor ir direto ao texto?
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